quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Novembro, o mês da música!

      É bom sabermos que temos um espaço reservado à música no calendário das igrejas. É o momento ideal para fazermos a nossa igreja refletir sobre o que cantamos, já que, quando se tem um mês temático, nos tornamos mais sensíveis ao assunto.
      Percebemos que a música religiosa é influenciada por um elemento novo: "a moda". Temos cantado vários cânticos, em nossas igrejas, nos momentos de louvor e adoração; cânticos esses que não podem ser repetidos, pois temos a preocupação de darmos algo novo para nossa "platéia" que nos "assiste" todos os domingos. Esquecemos que quando vamos à igreja, vamos para prestarmos culto a Deus, então, Ele é a única platéia dos nossos cultos.
      Repetir uma música é não ter repertório suficiente; cantar uma música antiga é estar desatualizado. Aí vem a grande pergunta: estamos desatualizados em relação a quê, se o tema das nossas músicas é Cristo? Ah... eu já ia esquecendo, desatualizados no quesito "moda gospel". A moda é uma tendência que não perdura, tem o seu prazo de validade, e as nossas músicas estão seguindo essa tendência. Uma canção persiste por três a quatro meses, no máximo, e depois disso, temos que cantar algo novo.
      Não sou contra o novo, mas a demanda para que se tenha o novo é que é preocupante. Temos muitos textos sem contextos cantados em nossas igrejas, porque têm belas melodias, um ritmo agradável ou uma levada mais jovial que agrada à "A e B", e acabamos esquecendo da essência. Vivemos um período teológico em que: decretamos, requeremos, profetizamos, executamos rituais,  trocas com Deus e até fazemos de tudo para chamar a Sua atenção. São essas músicas que entram em nossos ouvidos, desviam do nosso cérebro, enchem os nossos pulmões, driblam o coração e saem pelas nossas bocas.
 "Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim". (Mt. 15:8)
      Nossos antepassados faziam música para louvar e reconhecer a Soberania de Deus e, hoje, fazemos músicas que nos satisfazem em: ritmos, melodias, temas etc. É tempo de pensarmos para quem estamos prestando nosso louvor através da música.